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sábado, 28 de maio de 2011

. Agnóstica

Certa noite, um garoto perguntou minha opinião a respeito de "Deus" ... As palavras me fugiram e me senti mais que envergonhada; frustração por não saber o que responder a ele. Depois daquela noite, passei a ser inquieta a cerca do pré-estabelecido e fui a procura de argumentos que pudessem fundamentar minha futura opinião...

" Discussões inúteis sobre a semântica da fé não me interessam nem um pouco. São perguntas que só se respondem com a morte."

Somos diferenciados das outras esécies, somos. Mas, ainda assim, somos tão pequenos e insignificantes na condição e intensidade que estamos inseridos, e mais, somos tão limitados que não nos é possível uma compreensão convicta de toda essa imensidão. Como pode haver a certeza se há algo nos regendo ou se tudo está solto ?
                                   " Como pode alguém sonhar o que é impossível saber? ♪ "
O leque de religiões que lutam entre si para parecerem mais convincentes é tão grande que me acua, me faz ficar com o pé atrás. Afinal, seja indo a Meca, rezando para Jesus ou estudando partículas subatômicas, qualquer dessas diretrizeslevam ao memo propósito. Se no final todas elas proclamam que a vida tem um sentido e que somos ou deveriamos ser gratos ao poder que nos criou, para que essa disputa ?
Dizem que "Deus" é sábio, justo e misericordioso. Mas crer nele não me parece tão fácil assim... Além da fé requerer uma completa entrega e aceitação, existem os códigos de conduta. Na Bíblia, ou qualquer outra escritura existem exigências e penalidades ao nãocumprimento das mesmas. Elas dizem que se eu não viver de acordo com elas, vou para o inferno... Ora, sendo ele tão infinitamente mais sábio que qualquer outra criatura e justo, seria plausível que soubesse de nossas limitações em compreender tamanha grandiosidade divina. Que ele entendesse que somos falhos diante de tanta perfeição e nos poupasse, com sua infinita misericórdia, de certos males desse ou de outros mundos. É confusa essa descrição de "Deus" e eu não consigo visualizar um "Deus" sábio, justo e misericordioso que mande seus adioradores ao inferno pela sua incapacidade de compreendê-lo.
Então você deita sob as estrelas, observa um pôr do sol, vê um beija-flor parado no ar no meio de um voo... Não sente a presença de algo divino? Não sente, que talvez tudo isso tenha sido criado por algo maior? E o que impede que haja um ser cujo capricho é colocar vida submissa numa rocha enquanto há um universo tão maior?
                                 (...)
Não há como saber, como ter convicção. Cada um de nós pode ter sua desconfiança, mas nenhum pode ter certeza e orgulho de saber mais que os outros... Paciência, até a morte. Prefiro continuar mantendo uma posição indiferente a me tornar cética ou submissa. Talvez eu tenda mais ao ateismo, mas aí já seria um outro post...


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