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sábado, 23 de abril de 2011

. As Vezes

eu me lembro de como as coisas eram, de como eu as achava boas e nem imaginava que pudessem ser diferentes... Me lembro daquelas tardes no portão, daqueles pedidos cheios de várias outras intenções subconscientes até mesmo pra mim, de como eu pensava: - que idiota! Me lembro de não conhecer o pôr-do-sol, der ser apenas mais uma, clichê do resto do mundo. Me lembro de nunca ter levado até o fim ideias que hoje eu acho incriveis e naquele tempo eu achei inúteis. Mudaram e hoje já não mais me vejo sem minhas minúcias bipolarizadas. Tem aquela música que me lembra o tempo em que as mãos começaram a tatear o novo. Teve aquele dia em que a família inteira estava reunida e as coisas procederam como um ''Bem Vinda''; o que me seria normal, se eu ao menos soubesse que estaria, de fato, chegando para ficar. Quem diria... que aquela coisinha minúscula cresceu e hoje mais do que ânsia em vê-la maior, tenho saudades de quando ela era, ainda, pequenininha... "Ah, minha pequenininha dos olhos mais belos..."

. Projetar-se

Extensão, olhar alguém e não ver diferença. Estando junto, gerando uma sensação esquisita. O ambiente que os separam é uma dimensão diferente, fora do comum, e assim são. Olhar uma pessoa e ver que você, na verdade, é ela, faz com que propociem as melhores sensações quando se dividem, aonde quer que estejam, em um simples degrau de escada, ou recebendo gotejos de uma árvore centenária, eles serão padrões de si próprios e vão procurar nos outros a sí mesmos, e não acharão, por que os dois formam uma unidade e o tão padrão só será alcançado por eles, e só.

sábado, 2 de abril de 2011

. Strange


Essa brisa trazendo 300 km de puro perfume e minhas inclinações tortuosas, hereges e sem um padrão de segmento. Ao homossexualismo, ao vegetarianismo, ao masoquismo, à indiferença, ao trancar de todas as portas. Me enxergo na lâmina, em um microscópio diária e religiosamente inserida nesses 10% minúsculos e cheios de exceções. Esse cubículo onde não caberiam nem a metade das minhas queixas e que, quando, por ventura, uma ou duas delas escapolem do meu controle, incha, me empurrando contra suas paredes quentes e cômodas, cheia de mãos poderosas que alcançam até o fundo da minha alma, é simplesmente onde eu jamais pedi pra estar e de onde eu também não quero sair. E já pude ouvir aquele garoto viciado invejar minha sina e querer para si um destino que não se escolhe e que me pertence. Pobre garoto... Não se ganha algo assim pelo simples fato de querê-lo e talvez a graça esteja exatamente em nem pensar na possibilidade de tê-lo.